Já não temos muitos anos para evitar um caos climático irreversível. É necessária uma transição justa para uma economia de baixo carbono que demorará algum tempo, mas que não pode esperar: temos menos de uma década para reduzir as emissões globais de gases com efeito de estufa para metade, segundo o relatório do IPCC de Outubro de 2018. Caso queiramos ainda evitar as piores consequências das alterações climáticas, a humanidade tem de mudar de caminho urgentemente.
A campanha Empregos para o Clima defende uma transição energética que dê emprego digno e socialmente útil a dezenas de milhares de pessoas. A campanha foi lançada em 2016 e conta com o apoio de várias organizações da sociedade civil, como sindicatos, ONGs e coletivos ambientalistas. Um desses coletivos é o AmbientalIST!
Sendo a crise climática uma verdadeira ameaça existencial, o AmbientalIST acredita que os estudantes acarretam a responsabilidade de dar nova vida à luta estudantil, desta vez em prol de um planeta habitável. A luta estudantil sempre se mostrou crucial em mudanças fulcrais para a sociedade e o mesmo terá de acontecer com a crise climática!
Particularmente no contexto universitário, onde as instituições de ensino devem constituir pólos de inovação e mudança, devendo sempre estar na vanguarda, não aceitamos a ilusão de normalidade que vivemos, enquanto estamos na iminência de um colapso climático.
É com isto em mente que trabalhamos diariamente: para levar a nossa universidade para a linha da frente da transição energética; para impulsionar movimentos universitários de norte a sul do país e também para nos conectarmos a movimentos civis, ONGs, campanhas, etc. que procuram dar uma resposta aos problemas em causa. Faz por isso todo o sentido apoiarmos a Campanha dos Empregos para o Clima.
Para reduzir as emissões nacionais de gases com efeito de estufa em 60-70% nos próximos 15 anos, será necessária a criação de 120-160 mil postos de trabalho em vários sectores da economia.
As reivindicações da campanha têm em conta os quatro seguintes princípios no que toca a uma transição energética justa:
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Criação de novos postos de trabalho;
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Fazê-lo no sector público;
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Fazê-lo nos sectores-chave que têm impacto directo nas emissões, como energia, transportes, construção, gestão de florestas e agricultura;
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Por fim, garantir a requalificação profissional e prioridade ao emprego para as trabalhadoras e trabalhadores dos sectores poluentes.
O relatório “Empregos para o Clima” (2017), produzido por um trabalho coletivo de académicos, sindicalistas e ambientalistas, defende que é possível contribuir para a meta de manter o aquecimento global abaixo de 2ºC em relação a níveis pré-industriais. Para esta transição energética rápida, serão precisos 120-160 mil novos postos de trabalho em sectores-chave da economia, maioritariamente nas áreas de energias renováveis, transportes, construção, agricultura e floresta.
Convidamos-te a consultar a campanha, o seu relatório e também a ficar atento aos seus artigos. No website poderás consultar de que forma se propõe que seja feito o financiamento da tão necessária e urgente transição energética de forma justa!